segunda-feira, 13 de junho de 2016

Para reflexão

Transforme sua dor em ação
Vivemos hoje dias difíceis aqui na Terra.
O egoísmo, o individualismo, a inveja, a intolerância, e a ganância, têm dado forma a manifestações de desamor, desrespeito, descaso, e de ódio contra os seres humanos e contra os seres da natureza.
Assistimos todos os dias episódios de banalização da vida. Violências contra as mulheres, comunidades indígenas, negras e negros, atentados terroristas, maus tratos inadmissíveis à Mãe Terra, atos homofóbicos, e intolerância religiosa, como ataques a terreiros de Umbanda e Candomblé, e por aí vai…
No entanto, ainda há no mundo muita gente contrária a esse padrão de conduta. Gente que sente dor ao constatar a indiferença, a maldade, e a falta de consciência espiritual, social e humana, que vêm ganhando força na determinação do modo de agir de muitos que vivem entre nós.
Além desses, há também mulheres e homens que trabalham, material ou espiritualmente, em contraposição a esse padrão de conduta. Que procuram harmonizar nossa realidade social e humana, amenizar o sofrimento daqueles que precisam de cura, da mente, do corpo, ou do espirito, e criar uma nova cultura de paz e solidariedade. Trabalham para que possamos experimentar dias melhores.
Essas pessoas souberam transformar sua dor e inconformismo ante as doenças dos indivíduos de nosso mundo moderno, em ação. Elas tiveram a capacidade de buscar, reunir, e direcionar forças para a prática de atos concretos em benefício do reequilíbrio da vida na Terra.
Identificaram seu dom, sua fórmula individual, sua maneira de colocar em prática o amor e a caridade e, seguindo o exemplo de nosso Pai Ogum, foram à luta!
O amor e a caridade podemos praticar de muitas formas diferentes. Com atos de respeito, cuidado e proteção do meio ambiente, por meio dos trabalhos de atendimento em casas espirituais, compartilhando informações e saberes com quem quer conhecimento, alimentando corpos ou almas de quem tem fome, alegrando pessoas por meio da arte, da palavra falada ou escrita, e muito mais.
Nossa dedicação ao propósito do amor e da caridade, como médiuns nas giras de nossa Casa, são muito importantes. Mas precisamos sempre ter atenção para duas questões:
A primeira é para que, ao vestir branco todas as semanas, não terminamos fazendo as coisas de modo automático. Sem intenção, sem colocar a funcionar de maneira plena o nosso coração e a nossa alma no trabalho que estamos desenvolvendo, para com nossos irmãos e irmãs da assistência, para conosco, e para com nossos Guias. O Pai Nosso existe para ser verdadeiramente rezado. Somente rezando com real intenção desejamos, de fato, que Nosso Pai Maior nos dê “hoje e sempre a vontade firme de sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes.” O trabalho do médium envolve, beneficia, e afeta muita gente. Precisamos estar nele por inteiro. Da firmeza de fé, determinação e atenção, depende o equilíbrio de toda a corrente. E mesmo que às vezes nos esqueçamos, orações e giras podem contribuir para a harmonização das vibrações que incidem sobre a Terra e em outros planos astrais.
Em segundo lugar, é bom percebermos se nos chegam outras possibilidades para o exercício transformador do amor e da caridade. Plantar ou replantar uma árvore, atuar contra o desmatamento, em favor dos direitos das mulheres, dos negros, dos índios, dos idosos, das pessoas com deficiência, defender e difundir o bem realizado pelas religiões de matriz africana, como a nossa Umbanda Sagrada; tudo isso soma na luta em favor da promoção da cura de nossa comunidade e de nossa sociedade. Isoladamente, nenhuma dessas ações é capaz de transformar. Mas a soma e a persistência na prática da luz, do amor e da caridade, são sim, instrumentos fundamentais para mudar o mundo.
O dia de amanhã está sendo construído pelas ações que praticamos hoje. Por isso, quando sentir-se triste em razão do padrão negativo do modo de vida que muitos têm levado em nossos tempos, transforme sua dor em ação e ajude a mudar o mundo.
Por: Guta Assirati

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